sexta-feira, 8 de maio de 2009

Trabalho de Análise do livro “ O Futuro da Humanidade” Augusto Cury

1)Fazer uma análise geral do livro considerando o seu aprendizado enquanto futuro psicólogo. Destacar pelo menos três aspectos relevantes, justificando a relevância de cada um deles.

2)Destacar o capítulo que, para você, foi o mais significativo. Identificando-o, apresentando três argumentos teóricos que respaldem sua escolha.

Respostas

Devo iniciar sendo bastante sincera e afirmar que o livro me surpreendeu, pois sempre tive um certo “preconceito” em relação ao autor do mesmo,  Augusto Cury.  Alguns de seus livros pareciam “vender” formulas mágicas de como ser feliz e realizado em apenas 10 lições, etc.

Porém, ao ler o livro indicado pela professora percebi ao percorrer as linhas que as mensagens mais profundas e importantes não estavam nas linhas diretas e sim em suas sublinhas. As mensagens mais especiais estavam na capacidade de interpretar, de analisar e pensar, pensar e pensar. Confesso que li alguns capítulos duas e até três vezes, pois eram de tal importância que mereciam uma releitura mais calma, mais serena, mais elaborada...

De tudo, ficou uma verdadeira mensagem e lição de que o ser humano é único! Como tal, merece, sempre, respeito! Merece atenção, cuidado, paciência, humildade e oportunidade em todos os sentidos. Talvez uma das ações mais difíceis imposta ao ser humano, seja o de não julgar!! O julgamento trás em si a arrogância, a prepotência, o preconceito, o distanciamento, a rejeição. Julgar ações, pensamentos, vidas nos faz pensar que somos superiores, melhores, especiais? Questiono em quê?! Somos todos iguais, no mais elementar da existência, no âmago da questão...somos todos iguais.

Ficou claro que ouvir...cura!! Que ouvir...alivia, ensina, troca, divide, aprende, morre, renasce, cria, fortifica, consolida e que tem o mesmo efeito, a mesma cura que o ato de falar!!! Falar é a maior prova de humildade, de busca, de pedido de ajuda, de socorro pela e para a vida.

Já na dedicatória, a mensagem da importância do livro fica registrada. Ele escreve com maestria a importância de se auto conhecer, de viajar para dentro de si próprio, de se reconhecer na historia do outro, de se identificar, afinal de alguma forma, todas as vidas se cruzam, se colidem, se entrelaçam e se moldam. Outro momento importante é o questionamento, é a duvida, a incerteza de que devemos levar conosco pela vida. Quem somos? O que somos? De onde viemos? Pra que viemos e pra onde vamos? Não ter a arrogância de achar que sabemos muito, sabemos o suficiente para caminhar outros caminhos...que caminhos? Ficou a lição de não perdermos a “magia”, a inocência, a grandeza de ver, admirar a beleza da natureza, da vida se transformando dia e noite, das coisas mais simples, das palavras mais básicas, dos sentimentos mais belos e eternos, como a consideração, o amor, o respeito, a solidariedade e gratidão.

O universo da mente é indecifrável e talvez continue a sê-lo, eternamente. Afinal, cada ser humano é único e infinitamente...magnifico na sua essência. Assim sendo, poderemos estudar por milênios todas as formas de cura, de doenças, de alternativas paliativas, todas serão...sempre pequenas, mínimas diante do universo da mente e seu inconsciente.

Muito criança eu ouvi essa mesma frase descrita no livro “ faça diferente, não seja mais uma na multidão”, cresci seguindo essa regra e sei que da minha forma, dentro do meu universo particular, junto ao meu circulo de vida, sempre fiz e sempre farei algo a mais, algo que some, que melhore, que modifique, que acrescente à vida, afinal até que provem ao contrario...ela é uma só!!!

Respondendo a segunda questão, bom vários capítulos me tocaram e por diferentes razões, mas se tenho que escolher um...será, então, o capítulo 5. Por que? Por uma razão, digamos, pessoal. Esse capítulo em especifico fala sobre a perda, sobre a dor, sobre o luto, sobre a vida e morte de tudo que nos é mais importante, família! Fala sobre oportunidade, sobre escuta, sobre solidão, sobre depressão, incompreensão, insensibilidade, sobre imediatismo da cura, sobre distanciamento, sobre fuga de todos, tudo e de si mesmo. Fala sobre o sofrimento que de alguma forma a todos atinge, que a todos atormenta e acorrenta.

Ao ser questionado sobre o uso de antidepressivos, Falcão falou uma frase de suma importância, “antidepressivos tratam da dor da depressão, mas não curam o sentimento de culpa e nem tratam a angustia da solidão...” Na sequência, ele é questionado a respeito da terapia e mais uma vez, de forma genial “ Ele tinha sede de compreensão, de interiorização, e não de conselhos ou uso de técnicas frias. Poucos tem maturidade para entender o drama de alguém que perdeu tudo. Que teoria ou técnica psicológica poderiam arrebatar a esperança no caos? Os terapeutas tinham teoria, mas lhes faltava a sabedoria...” FANTASTICO!! Simples, direto e verdadeiro. Logo apos, ele comenta que se o “poeta da vida”, tivesse sido simplesmente abraçado, ouvido, amparado, talvez tivesse suportado seu caos. Mas foi tratado como doente e a dor tornou-se insuportável, não tentou suicídio, não desistiu de viver, mas saiu pelo mundo e nessa saída, ele se salvou, salvou outros que viviam na mesma situação e nessa forma de vida, ele restabeleceu a paz, pois a cada alma que salvava com suas palavras, com seu exemplo, com sua sabedoria, ele reencontrava a sua família, afinal não existe morte quando existe amor, pois sua família continuava viva no único lugar que eles jamais poderiam morrer – dentro dele.

O autor fecha o capitulo, com o estudante pedindo perdão ao seu pai pelos momentos de incompreensão, de distanciamento, de julgamento e perdão pelo tempo “perdido”, pois aquilo que não haviam vivido, não poderia mais voltar, porem queria, desejava muito que daquele momento em diante, as suas vidas fossem diferentes, fossem...verdadeiramente, pai e filho, simplesmente! “ muitos dos que tem endereço certo passam pela vida, pela existência sem nunca percorrer as avenidas do próprio ser. São forasteiros para si mesmos. Por isso, são incapazes de corrigir suas rotas e superar suas loucuras.”  Façamos diferente!!!

Buscar teorias que expliquem a importância desse capitulo?? Talvez algumas respostas estejam na filosofia, nas frases e pensamentos geniais de filósofos renomados, talvez a ciências possa explicar a razão do uso dos medicamentos, da busca pela cura imediata, talvez a psicanálise dê respostas a dor do luto, talvez a psicologia e as suas inúmeras teorias possam explicar a depressão, suas causas, alternativas, soluções, etc. De tudo isso, de todo o livro e principalmente da experiência de ter vivido “momentos” parecidos, ficou a certeza de que o tempo é um mestre, que nos ensina que tudo passa, ele nos ajuda a acalmar o coração, ensina a pensar mais antes de agir, equilibra a alma, aquece a frieza da desesperança, nos ensina a dar valor aos detalhes, aos momentos, aos segundos e de uma forma especial, nos transforma em eternos questionadores do verdadeiro sentido da vida.

Obrigada, professora pela indicação do livro e pela nova oportunidade de mais uma vez...questionar-me.

Patrícia França Caram

" A Grande Mãe"

Mistura de sentimentos...
carinho, proteção, amor, afeto, solidão,
angústia, cuidado, cobrança, expectativas,
troca, descoberta, mistério, medo, escuridão,
saudades, compreensão, humanidade, mãe-mulher de histórias,
de passado, de traumas, de resistências, de silêncio, de dor, desesperança, de sorriso,
de risada, de diversão, de cultura, de carência, de garra, de razão, de entrega, de contradição, de conquistas, de perdas, de finitude.
Você foi o começo e o fim.
Você foi o tudo e o nada.
Foi o passado, presente e deixou muito para o futuro.
Hoje, compreendo mais do que antes,
depois de me tornar mulher madura e mãe,
de perder, de levantar e reconstruir a importância de você, mãe, de forma única e eterna em minha vida.
Vejo muito de você em mim e muito de mim...foi com você!
Obrigada pela minha vida,
agradeço pelos erros, pelos acertos, pelos ensinamentos,
Obrigada por ter feito parte da minha vida,
por ter permitido que eu fizesse parte da sua vida.
Sua mimosa para sempre, Patrícia.