sábado, 4 de julho de 2009

Batman sofria de TEPT


Muito interessante o link que o psicólogo faz da história de Batman com o TEPT.

Prova de que o cinema tem muito do mundo dos "psi"... e vice-versa.

Boa leitura...


Artigos da revista mente & cérebro

edição 153 - Outubro 2005 Por Júlio Peres
O trauma de Bruce Wayne
O homem que se transforma no Batman apresenta indícios de sofrimento psicológico típicos de quem sofre de transtorno de stress pós-traumático.

O filme Batman begins, de Christopher Nolan, traz uma série de aspectos pertinentes quanto às possíveis repercussões de traumas psicológicos. O trauma psíquico foi descrito pela primeira vez por Freud como um afluxo de excitações excessivo em relação à capacidade do indivíduo de dominá-las e elaborá-las. Atualmente, compreende-se que traumas psicológicos podem afetar a qualidade de vida com grande impacto, caracterizando uma desordem chamada transtorno de stress pós-traumático (TEPT), que se manifesta por recordações aflitivas, pensamentos indesejáveis recorrentes, estado de alerta, ansiedade, insônia, entre outros sintomas. Perdas de familiares são consideradas potenciais geradoras de traumas psicológicos, e o menino Bruce Wayne testemunha a morte repentina de seus pais.Nolan constrói o protagonista com referenciais baseados na realidade. O trauma sofrido pelo garoto permeia sua vida. De fato, estudos evidenciam que as experiências traumáticas podem alterar o equilíbrio psicológico, biológico e social de um indivíduo, e que a lembrança do evento traumático influencia as suas outras experiências.


A memória traumática de ter visto os pais serem baleados acompanha Wayne de maneira vívida, tal como em muitos casos de TEPT, em que os indivíduos experimentam flashbacks e pensamentos intrusivos. As memórias traumáticas geralmente são fragmentadas e carregadas de forte expressão emocional, disparando estados de confusão, ilustrados no filme com as cenas de flashes dos conflitos internos e da luta contra as emoções negativas. Nossa prática clínica mostra que determinadas memórias traumáticas levam a comportamentos destrutivos, tais como o abuso de substâncias e a automutilação. Entretanto, os eventos traumáticos em si não são determinantes isolados ou exclusivos do TEPT. Experiências intensas e devastadoras possuem efeitos variáveis, o que enfraquece o conceito de "reação universal ao trauma". Muitas vítimas procuram apoio profissional, literatura especializada e amizade, enquanto outras enfatizam o colapso e/ou a vitimização. Conforme Nolan: "Batman é humano, não é perfeito. Mas transformou suas emoções fortes e autodestrutivas em algo positivo". Realmente, um trauma psicológico é capaz de fomentar comportamentos salutares de resiliência (capacidade de atravessar eventos traumáticos e de retomar qualidade de vida satisfatória). Wayne é orientado por Ducard e Rachel para buscar um sentido espiritual mais profundo de seu destino, assim como lembrar do legado de seu pai e da tradição filantrópica da sua família. Estudos evidenciam que práticas como a meditação e a oração exercem papel ativo no desenvolvimento de mecanismos de superação psicológica. A motivação de encontrar novos objetivos e sentidos na vida, a crença que é possível influenciar o entorno e a opinião que se pode aprender e crescer a partir das experiências positivas e negativas também são comportamentos que conduzem a resiliência.Um dos objetivos centrais das psicoterapias aplicadas às vítimas de traumas psicológicos é atribuir gradualmente novos significados emocionais à experiência traumática passada. O filme traz uma referência objetiva também encontrada no âmbito psicoterapêutico: transformar a dificuldade numa aliada do desenvolvimento pessoal.
Quem é o autor:
Júlio Peres é psicólogo clínico especializado em transtorno de stress pós-traumático, doutorando em neurociências e comportamento pela USP. Em 2004, ganhou o prêmio Sociedade Brasileira de Neurociências (SBNeC) com estudo sobre memórias traumáticas, psicoterapia e neuroimagem.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A " despedida"








Quando o dia se vai
E a noite chega...

Fecho meus olhos e posso sentir você

Posso sentir seu cheiro

Posso ouvir sua risada

Posso ouvir sua voz infantil

Eu sei que não temos mais tempo

Eu sei que já passou e ficou pra um outro momento

Eu sei que tenho que continuar

Eu sei que tenho que me cuidar

E devo me despedir...

É chegada a hora!!!

No meu coração você ficará

Na minha memória permanecerá

E como um belo sonho, todas as noites

Eu vou te visitar

Eu devo deixar você ir...

Pra um dia, quem sabe. Retornar!!!

Devo olhar para os meus

Devo olhar para aqueles que um dia foram ...seus!!

Devo!!! Sei que é necessário...

Um beijo,

Um abraço

Um Adeus!!!!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Licença Maternidade

Vale a pena aumentar para seis meses?

Cinco executivos de RH fazem suas considerações e expõem suas preocupações sobre esse novo – e polêmico – assunto

Muitas empresas ainda não decidiram se vão ou não aderir à licença-maternidade de seis meses. Muitas mulheres também não sabem se devem torcer para o “sim” ou para o “não”. Até agora não há consenso sobre o assunto. A licença-maternidade de seis meses, afinal, é uma vantagem ou um tiro no pé para a carreira das profissionais? E quais são os impactos para as companhias? Para responder a essas questões convidamos Arlindo Casagrande Filho, da CPFL, Soraya Bahde, da Atos Origin, Adriana Teixeira, da Losango, Carla Sauer, da Sodexo, e Marcos Vono, da Veris Educacional.

“Antes de tomar qualquer decisão é preciso analisar diversos pontos de vista. Eu, por exemplo, voltei recentemente de licença-maternidade e fiquei bastante animada com a possibilidade de aumentar o prazo de quatro para seis meses. Como mãe, tenho certeza que um período maior com a Luiza teria sido de grande valia. No entanto, como profissional, sei também que o mundo corporativo não pára durante a nossa ausência. É preciso ainda lembrar que, para as empresas, o período de licença requer a substituição da pessoa, o que, em alguns momentos, aumenta o custo e influencia a continuidade de projetos. Acredito que empresas éticas e bem estruturadas devem oferecer apoio às funcionárias, para minimizar a insegurança daquelas que pretendem engravidar ou estão grávidas e têm medo de perder o emprego. É um paradigma que só será solucionado com o amadurecimento da lei e com muitas e muitas discussões que ainda devem surgir sobre o assunto.”
Adriana Teixeira – LOSANGO

“Esse é um tema polêmico, em que não existe o ‘certo’ e o ‘errado’. Acho que, por enquanto, não é possível medir os impactos da nova licença-maternidade para as mulheres nem para as empresas, que ficariam mais tempo sem essas profissionais, muitas vezes indispensáveis. Não estou falando apenas de custos, o que, aliás, é o menor dos problemas. Na CPFL, por exemplo, temos 7 000 funcionários. Deles, apenas 18 mulheres estão de licença-maternidade. Mesmo que o custo com a licença de seis meses aumentasse, ele não alteraria em nada os nossos resultados. O que está em discussão é o desenvolvimento profissional dessas mulheres. Aquelas que querem fazer carreira e competir podem achar que os outros estão seis meses à frente delas. Quanto mais tempo elas ficarem afastadas, mais difícil será seu progresso profissional. É preciso considerar a perspectiva de crescimento e realização que elas têm. A vantagem de aproximar a mãe do bebê por mais tempo é indiscutível, mas existem outros mecanismos, como creche nas empresas, por exemplo. Por enquanto, ainda não tomamos uma decisão sobre esse tema por aqui. Precisamos ainda discutir muito sobre isso.”
Arlindo Casagrande Filho – CPFL

“Para as empresas, a licença-maternidade de seis meses pode se tornar uma boa ferramenta de atração e retenção de profissionais. Aqui na Atos Origin temos muitos casos de profissionais que voltam da licença e pedem demissão para ficar mais tempo com os filhos. Isso é ruim tanto para a companhia, que perde a funcionária e o investimento que já fez nela, quanto para as profissionais, que abrem mão da carreira. Para nós, a flexibilidade é interessante e por isso vamos considerar a possibilidade de aumentar o período de licença-maternidade caso a caso. Já oferecemos outras opções, como trabalho em tempo parcial ou home office. Para saber se essa ampliação é vantajosa ou não para as mulheres, é preciso analisar a empregabilidade de cada uma. Uma consultora de SAP, por exemplo, que trabalhe conosco, não precisa se preocupar durante o afastamento, porque seu emprego está garantido. Por outro lado, pessoas menos especializadas, que, conseqüentemente, são substituídas com mais facilidade, podem ser impactadas negativamente pela adesão das empresas à nova lei. Por isso, a avaliação individual é fundamental na abordagem desse assunto.”
Soraya Bahde – ATOS ORIGIN

“A licença-maternidade de seis meses pode gerar impactos bem complicados para as empresas. Uma companhia com um quadro de funcionários mais enxuto (e formado em sua maioria por mulheres), por exemplo, pode ter mais dificuldade para substituí-las e garantir a qualidade dos serviços que presta aos clientes. Outro ponto delicado é o momento profissional de cada um. Como uma CEO poderia se ausentar no período de orçamento da empresa? A lei é bem intencionada, mas seu grande problema é que, quando uma companhia adere a ela, isso fica valendo para todas as profissionais, independentemente do cargo ou da possibilidade que a organização tem de substituí-la. Na prática, as mulheres já se ausentam por cinco meses, porque emendam os quatro meses da licença-maternidade com um mês de férias. Com a nova lei, seriam sete meses? Aqui na Veris, onde 40% dos 1 500 funcionários são mulheres, vamos manter uma conduta conservadora, por enquanto. Até que a idéia amadureça, ela não terá a nossa adesão.”
Marcos Vono – VERIS EDUCACIONAL

“O embasamento científico da lei, que alega que os seis primeiros meses de vida são decisivos e insubstituíveis para o crescimento do bebê, e o fato de ela proporcionar condições para a amamentação nesse período são incontestáveis. No entanto, a lei não garante que esse benefício seja estendido a uma grande parte das trabalhadoras. Além de não ser obrigatória, a ampliação de dois meses não se aplica a pequenas e microempresas. Dessa forma, não temos uma nova interpretação de direitos aplicados a mãe e bebê, mas a criação de uma nova categoria de benefícios, restringida por aspectos econômicos. Acredito que quanto mais bem estruturada e financeiramente saudável for uma empresa, mais condições ela terá de aderir às novas exigências e permanecer por até sete meses (os seis de licença-maternidade mais um de férias) sem a colaboradora. Isso porque, na grande maioria dos casos, esse período significará a necessidade de contratação temporária para substituição da funcionária licenciada.”
Carla Sauer - SODEXO
**Opinião Pessoal: Eu, imagino o quanto deva ser complicado para a empresa manter uma funcionária em licença maternidade por seis meses e, em alguns casos, com as férias de mais um mês, essa funcionária permaneceria por sete meses afastada.
Vamos lembrar que na Suíca ( país de primeiro mundo, a mulher tem licença de 2 anos)...ai vc vai falar: " mas nos EUA não tem licença maternidade!!!" Pois é...talvez, por isso, tenha tanto amaericano " maluco" !!! 
As campanhas de saúde pedem para as mulheres amamentarem até o 6 mês...como? Se voltamos a trabalhar antes??
Eu como mulher e mãe, assino, afirmo e grito!!!! Sou a favor da licença de 6 meses!!! Não tenho medo de ficar afastada tanto tempo, não tenho medo de ser mandada embora, pois se isso acontecer...é porque a empresa não servia pra mim!!! Filho é PRIORIDADE!!!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Prioridade...


"Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida"
Platão.

Espero que essa frase tenha tamanha importância em sua vida e que faça
com que reflita o que é essencial para você!
Espero que não tenha, ainda, passado por nenhuma "crise" que lhe faça saber o gosto amargo dessa frase...verdadeira!!
Porém, muitos de nós precisamos passar por esses momentos, para que tenhamos a noção do limite!! Do limite que devemos muitas vezes nos impor para viver saudavelmente.
Tudo que é ilimitado...é exagerado.
Tudo que é exagerado...é doentio.
Tudo que é doentio...é finito.
Devemos saber o momento de parar!!
Devemos dizer basta para os outros para dizer SIM para nós!
Não trabalhar demais, não estudar demais, não beber demais, não comer demais, não pegar sol demais, não falar demais, não se calar demais, não rir, não chorar, não gritar demais, pois tudo demais...cansa, chateia, aborrece, irrita, destroí...mata!!
Tenha a noção da importância de parar e olhar quem está ao seu lado...
Dar um abraço em quem ama.
Dar um beijo no seu filho e dizer o quanto ele lhe é importante.
Pegá-lo pela mão e jogar bola na praia em pleno dia de semana e depois sentar na beira do mar para ver o sol partir...
Jantar a luz de velas com o amado, sem nenhuma data especial...apenas para celebrar à vida!!
Ligar para os amigos para saber como estão...
Ler um bom livro em um dia nublado.
Tomar um bom vinho na compania de seus irmãos e pais.
Viajar sem destino,
Pedalar sentindo o vento no rosto
Se emocionar com uma linda música
Sentir, permitir e viver a vida de forma ímpar, plena, intensa e com se fosse a última vez...acordar e sorrir por mais um dia de vida!!!

Processos...






"Não queremos perder, nem deveríamos perder: saúde, pessoas, posição, dignidade ou confiança. Mas perder e ganhar faz parte do nosso processo de humanização"
Lya Luft

Concordo e ainda diria mais...perder e ganhar faz parte do nosso processo de aprendizado, de evolução, de encontro, de realidade, de verdade...de vida!!!

terça-feira, 30 de junho de 2009

A essência da vida




"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade." (Carlos Drummond de Andrade)


O poeta tem sempre razão. Muitos poetas são mais intensos, mais realistas e mais inspirados, quando estão sofrendo por...amor!! Ninguém melhor do que Drumond para descrever a respeito da essência da vida!!
Não fugir e arriscar-se é viver!!!
Sofrer faz parte do caminho
Felicidade não é infinita, é momentânea, é um estado de espiríto'!!
Tudo faz parte.
Na sua finitude a vida é um presente a ser desvendado, descoberto como uma criança que dá seus primeiros passos!!
Um de cada vez e sempre em frente.

Amigo de fé!!!

Alguns dias atrás, eu escrevi uma mensagem para uma grande amiga ( Desejos femininos)
Ontem, eu recebi a mensagem abaixo, de um amigo que temos em comum.
Um amigo muito especial, que dividiu conosco uma boa parte da nossa adolescência, uma "fase difícil" para todos e por isso, mesmo nós três nos conhecemos como poucos...
Obrigada meu amigo, Romualdo pela presença, pelo retorno, pela diferença, pela soma, pela troca, pelo aprendizado!!
Beijos no seu coração.
Segue a mensagem que vc me passou e que é mais um presente para a nossa amiga, Tati.


"Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida... Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama... Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado... Sem nada dizer... Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir... Alguém que ria de nossas piadas sem graça... Que ache nossas tristezas as maiores do mundo... Que nos teça elogios sem fim... E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável... Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado... Alguém que nos possa dizer: Acho que você está errado, mas estou do seu lado... Ou alguém que apenas diga: Sou seu amor! E estou Aqui!" William shakespeare

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Exposição "Tesouros do Louvre" de 29 abril a 5 de julho

Museu Histórico Nacional - Rio de Janeiro

Retratos esculpidos por Houdon, que conta com recursos de acessibilidade para deficientes visuais.

No âmbito das comemorações do ano da França no Brasil, a exposição "Tesouros do Louvre: Retratos esculpidos por Houdon", composta de vinte esculturas de grande sensibilidade e beleza pertencentes ao acervo do Museu do Louvre, proporcionará ao público brasileiro a oportunidade de conhecer no Museu Histórico Nacional, de 29 abril a 5 de julho, a vida e a obra do artista francês Jean Antoine Houdon (1741-1828) e o mundo de sua época. O inestimável apoio da Comissão de Eventos do Ano da França no Brasil do Consulado Geral da França no Rio de Janeiro, a parceria do Museu do Louvre e do curador da coleção, Guirlherme Scherf, da empresa organizadora EMC e o generoso patrocínio da PSA Peugeot Citroën, estão viabilizando a realização da exposição no Rio de Janeiro.

Além de esculturas de personagens históricos, entre os quais os franceses Mirabeau, Condorcet, Rousseau, Voltaire e Diderot e os americanos Benjamin Franklin (com quem o artista viajou da França para os Estados Unidos) e George Washington, serão expostas, ainda, a obra prima em mármore ?Morphée? e esculturas retratando a família do artista. Numa tela de aproximadamente quinze metros, serão projetadas imagens que abordarão o contexto histórico da França no período em que Houdon criou suas obras, seus principais e mais importantes personagens, bem como a realidade brasileira de então. Uma instalação em tamanho real, produzida a partir da imagem do quadro "L´Atelier de Houdon", de Louis-Leopold Boilly, reconstituirá o ambiente no qual o artista elaborava suas obras.

A oferta de acessibilidade para deficientes visuais da exposição consiste em disponibilizar ao público: réplicas das esculturas de Houdon que poderão ser tocadas, legendas em braile de todas as obras expostas, catálogos com texto e planta da exposição em braile e caracteres grandes, textos da exposição em computador com sintetizador de voz e educadores especialmente treinados para proporcionar visitas educativas e descritivas. A ação educativa da exposição também terá a disposição de todos os visitantes materiais educativos sensoriais sobre a criação do artista e terminais digitais interativos.

A produção dos materiais em braile é da Fundação Dorina Nowill para Cegos e a assessoria e treinamento dos profissionais para acessibilidade na exposição é da Museus Acessíveis.

Local: Museu Histórico Nacional
Praça Marechal Âncora, s/nº Próximo à Praça XV

Aberto ao público de 3º a 6º feira, das 10h às 17h30 e aos sábados, domingos e feriados (exceto Natal, Ano Novo, Carnaval e dias de eleições), das 14h às 18h. Não abrimos ao público nas segundas feiras, mesmo que seja feriado.

Ingresso para exposições do Museu Histórico Nacional:
R$ 6,00 (seis reais)
De 29 abril a 5 de julho 

Estão isentos de pagamento (mediante comprovação): crianças até cinco anos de idade; sócios do ICOM-International Council of Museum; funcionários do IPHAN; alunos e professores das escolas públicas federais, estaduais e municipais; brasileiros maiores de 65 anos; guias de turismo e estudantes de museologia.
 Alunos agendados da rede particular de ensino e brasileiros maiores de 60 anos e menores de 65 anos pagam a metade do valor. Aos domingos, a entrada é franca.

Baby Close You Eyes


Baby close your eyes

Tradução da música

( essa música me lembra o Yan, meu filho) 


O sol está se pondo

Por trás da colina.

Tudo está calmo

Tudo está parado

Então babe, feche seus olhos

E deixe sua mente descansar.

Me deixe te abraçar

Eu cantarei pra você

Uma cantiga de ninar.

Deixe suas preocupações irem embora.

Caia no sono

Não pense em mais nada.

As memórias continuarão

Seus sonhos se tornarão dourados

E você vai acordar e perceber

Que vai ficar sorrindo o dia todo.

Dessa canção de ninar

Talvez algum lugar no silêncio

Você acorde e veja que está sozinho.

Mas basta me chamar e eu estarei lá

Mesmo que eu esteja longe

Todos os dias terminarão

Então eu direi 'boa noite'

Até nos encontrarmos novamente.

Agora babe, feche seus olhos

E deixe sua mente descansar.

Eu deixarei você saber a alegria que você traz.

Cada vez que você me ouvir cantar

Essa canção de ninar.

 

domingo, 28 de junho de 2009

Escrever...cura!!!




Achei essa matéria o máximo!! Escrevo, desde os 13 anos e talvez esteja nessa "paixão"o fato de não ter feito terapia mais cedo. Hoje, faço os dois e com enorme prazer!!!






Matéria da Revista Mente & cerebro
edição 192 - Janeiro 2009
Quando o remédio é escrever
Efeitos terapêuticos de manter blogs atraem atenção de pesquisadores 
por Jessica Wapner

A busca por uma vida mais saudável pode ser um dos motivos do enorme aumento do número de blogs. Estima-se que sejam cerca de 3 milhões por todo o planeta. Cientistas e escritores há anos conhecem os benefícios terapêuticos de escrever sobre experiências pessoais, pensamentos e sentimentos. Mas, além de servir como um mecanismo para aliviar o stress, expressar-se por meio da escrita traz muitos benefícios fisiológicos. Pesquisas mostram que com a prática da escrita é possível aprimorar a memória e o sono, estimular a atividade dos leucócitos e reduzir a carga viral de pacientes com aids e até mesmo acelerar a cicatrização após uma cirurgia. Um estudo publicado na revista científica Oncologist mostra que pessoas com câncer que escreviam para relatar seus sentimentos logo depois, se sentiam muito melhor, tanto mental quanto fisicamente, em comparação a pacientes que não se deram a esse trabalho.Pesquisadores empenham-se agora em explorar as bases neurológicas em jogo, especialmente levando em conta a explosão dos blogs. De acordo com a neurocientista Alice Flaherty, da Universidade Harvard e do Hospital Geral de Massachusetts, a teoria do placebo para o sofrimento pode ser aplicada a esse caso. Como criaturas sociais, recorremos a uma variedade de comportamentos relacionados à dor. A reclamação, por exemplo, funciona como um “placebo para conseguir satisfação”, afirma Flaherty. Usar o blog para “botar a boca no mundo”, expressar insatisfações e partilhar experiências estressantes pode funcionar da mesma forma.Flaherty, que estuda casos como a hipergrafia (desejo incontrolável de escrever) e também o bloqueio criativo, analisa modelos de doenças que explicam a motivação por trás dessa forma de comunicação. Por exemplo, as pessoas em estado de mania (pólo oposto à depressão, característico do transtorno bipolar) geralmente falam demais. “Acreditamos que algo no sistema límbico do cérebro fomente a necessidade de a pessoa se comunicar”, explica Flaherty. Localizada principalmente no centro do cérebro, essa área controla motivações e impulsos relacionados a comida, sexo, desejo e iniciativa para resolução de problemas. “Sabemos que há impulsos envolvidos na criação de blogs, pois muitas pessoas agem de forma compulsiva em relação a eles. Além disso, o hábito de mantê-los atualizados pode desencadear a liberação de dopamina, os estímulos são similares aos que temos quando escutamos música, corremos ou apreciamos uma obra de arte”, diz Flaherty.
Os lóbulos frontal e temporal, que controlam a fala (centro dedicado à escrita está diretamente conectado ao cérebro), talvez tenham, também, um papel importante nesse processo. Lesões na área de Wernicke, localizada no lóbulo temporal esquerdo, por exemplo, resultam em fala excessiva e perda da compreensão da linguagem. Pessoas com afasia de Wernicke apresentam linguagem inarticulada e é comum escreverem constantemente. Tendo em vista essas características, Flaherty especula que alguma atividade nessa área poderia estimular o desejo de criar blogs.Cientistas reconhecem, porém, que a neurobiologia da escrita terapêutica ainda apresenta muitos pontos obscuros. As tentativas de retratar o cérebro antes e depois de escrever renderam poucas informações, pois as regiões ativas estão localizadas em áreas muito profundas do sistema cerebral. “Estudos recentes com ressonância magnética funcional demonstraram que o cérebro trabalha de forma diferente antes, durante e depois de escrever”, observa o psicólogo James Pennebaker, da Universidade do Texas, em Austin. Mas o pesquisador e vários de seus colegas ainda são céticos quanto ao valor dessas imagens, pois são difíceis de reproduzir e quantificar.O que se sabe é que a escrita ativa um conjunto de vias neurológicas – e vários estudiosos estão comprometidos em descobri-las. Na Universidade do Arizona, o psicólogo e neurocientista Richard Lane usa técnicas de imagem cerebral para estudar a neuroanatomia das emoções e a forma como elas são expressas. Nancy Morgan, principal autora do estudo publicado na Oncologist, pretende realizar novos estudos baseados na comunidade e ensaios clínicos sobre a escrita expressiva. Pennebaker continua a investigar a ligação entre a escrita expressiva e alterações biológicas, como uma melhor noite de sono, que são essenciais à saúde. “Acredito que o foco no sono é um dos mais promissores”, diz. Sejam lá quais forem as causas subjacentes, as pessoas diagnosticadas com câncer e com outras doenças graves estão buscando (e encontrando) cada vez mais conforto na blogosfera. “Sem dúvida criar blogs traz benefícios. E, diferentemente de um diário de cabeceira, os blogs oferecem o benefício adicional de atrair leitores receptivos, que viveram situações similares”, considera Morgan, que planeja incorporar programas de redação ao programa preventivo para pacientes de câncer.