domingo, 16 de agosto de 2009

" como vencer a Pobreza e a desigualdade" de Clarice Zeitel Vianna Silva

Recebi essa mensagem da Tati, a minha grande amiga!! Obrigada pela mensagem e assino embaixo dessa redação. Parabéns para a Clarice, a vencedora do concurso!!! Ela escreveu a verdade e a verdade sempre vence!!!


       "Como Vencer a Pobreza e a desigualdade"

        REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000
        PARTICIPANTES

        Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para
        Professores. Isso é o que eu chamo de  jeito mágico de juntar
        palavras simples para formar belas frases.  REDAÇÃO DE ESTUDANTE
        CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES

        Tema:'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
        Por Clarice Zeitel Vianna Silva
        UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ

        'PÁTRIA MADRASTA VIL'
        Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência.
        ... Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo
        nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
        Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter,
        a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de
        escassez de responsabilidade.
        O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e
        friamente sistematizada - de contradições.
        Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu
        digo que não é gentil e, muito menos, mãe.Pela definição que eu
        conheço de MÃE, o Brasil  está mais para madrasta vil.
        A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por
        exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela
        formação básica.
        E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se
        soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome.
        Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me
        daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do
        problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela
        sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la
        aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha,
        acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só
        vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim,
        igualdade. Uma segue a outra.... Sem nenhuma contradição!
        É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais,
        revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado;
        mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
        A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes
        (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a
        educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela
        ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é
        ser cidadão.
        Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da
        igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo
        burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média
        e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão
        que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar
        nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
        Eu acredito profundamente que só umarevolução estrutural, feita
        de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus
        efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
        Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve
        uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que
        não se posiciona?
        Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado,
        justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem
        egoísmo. Cada um por todos.
        Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas.
        Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou
        de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como
        gente... Ou como bicho?

        Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que
        termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com
        outros 50 mil estudantes universitários.
        Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da
        Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
        Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a
        desigualdade'

        A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída
        num livro, com  outros cem textos selecionados no concurso. A
        publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da
        UNESCO.

       Favor divulguem, aos poucos iremos acordar este "Brazil"..

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