sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Memória ( fonte: www.alzheimermed.com.br)

Fonte: www.alzheimermed.com.br

O que é perda normal de memória?

Todos nós em algum momento nos esquecemos de várias coisas. Esquecemos onde colocamos os óculos, as chaves do carro, a caneta e até de eventos importantes, como data de aniversário de parentes, de casamento etc.

Esses esquecimentos fazem parte do dia-a-dia e são naturalmente aceitos quando ocorrem com adultos jovens. Esses lapsos de memória não são valorizados e já estão incorporados na maneira de ser das pessoas, não trazendo maiores preocupações.

Quando esses fatos acontecem com pessoas de mais idade eles são mal interpretados e algumas vezes invariavelmente “rotulados” como início de algum problema mais sério. A pior de todas as rotulações é feita a partir das temíveis frases como: “Vovó está ficando esclerosada”  ou ainda pior: “é o começo da ‘esclerose’ e isso é normal para a idade dela”.

Especialistas em envelhecimento há muito já estudaram os problemas com a memória que ocorrem com indivíduos idosos e determinados conceitos são atualmente bem conhecidos e comprovados cientificamente.

É verdade que com o envelhecimento o nosso organismo, como um todo, apresenta uma diminuição gradativa de várias funções existindo uma maior dificuldade de se reter na memória algumas informações. A esse estado os cientistas denominaram “Prejuízo da Memória Associado à Idade – (PMAI)”., definindo assim que, apesar de haver um declínio nesse campo, essa não é uma alteração que se deva relacionar obrigatoriamente como uma doença.

O PMAI não interfere nas atividades da vida diária e tampouco representa deficiência mental. O PMAI é passível de ser contornado eficazmente por meio de tratamento da memória, com exercícios que estimulam a atenção, com a elaboração de listas de afazeres, com jogos de memória, com associações de fatos, objetos, nome, fotos etc.

Os problemas com a memória podem estar associados a inúmeras causas, sendo as mais comuns: o cansaço, a solidão, a tristeza, a depressão, o estresse, o uso abusivo de álcool, o uso indevido de medicações calmantes e hipnóticos, certas doenças, falta de concentração etc.

Também tem grande importância na queda do desempenho da memória as dificuldades com a visão e audição, alterações extremamente comuns na faixa etária avançada.

Muitas vezes uma dieta bem balanceada, suspensão de certos medicamentos, uso de óculos, aparelhos auditivos, remoção de cerume dos ouvidos e outras correções desses fatores desencadeantes, melhoram substancialmente e até resolvem os transtornos da memória.


QUANDO A PERDA DE MEMÓRIA É DOENÇA?

Como então podemos diferenciar se os problemas de memória em pessoas idosas são um sinal de doença?

Ao contrário do PMAI, que não apresenta piora gradativa, os problemas sérios com a memória pioram progressivamente, chegando a interferir com as atividades do dia-a-dia.

Quando os esquecimentos deixam de ser habituais e facilmente compensáveis com artifícios como anotar os recados, fazer listas de compromisso etc., e passam a dificultar as atividades do cotidiano, necessitando de ajuda de terceiros, aí sim transformam-se em uma real preocupação médica.

Mesmo em idades avançadas um comprometimento da memória a esse nível não é normal, merecendo uma avaliação clínica completa para pronta detecção da causa.

Existem várias doenças tratáveis e passíveis de cura que se manifestam com predomínio de perda de memória, distúrbios no comportamento e dificuldades em fazer julgamentos e raciocínios dentro de uma lógica. As doenças da tireóide, o uso de certos medicamentos, as deficiências nutricionais e vitamínicas e certas infecções.

É portanto imperioso que ao primeiro sinal de que a memória está diminuída, se consulte um profissional para que o limite entre o normal e a doença possa ser estabelecido com segurança.


O QUE PODE SER FEITO PARA MELHORAR A MEMÓRIA

- Saiba que sempre podemos melhorar o desempenho da nossa memória.

 - Não aceite passivamente o declínio observado.

 - Mantenha-se ativo: novos amigos, cursos, leitura, visitas etc.

 - Leia pelo menos as manchetes de um jornal diariamente.

 - Faça palavras cruzadas dando preferência às de fácil execução.

 - Reserve um período do dia para trabalhar a memória.

 - Reserve um local da casa com boa iluminação e silencioso para o seu treino.

 - Assegure-se que só será interrompido se absolutamente necessário.

 - Mantenha uma dieta saudável, beba muito líquido e ande pelo menos 30 minutos por dia.

 - Evite tensões desnecessárias.

 - Quando não entender direito o que foi dito, pergunte!

 - Anote tudo que for importante em um caderno ou uma agenda.

 - Participe de jogos que envolvam o raciocínio.

 - Seja uma pessoa flexível, esteja aberto para ouvir. As pessoas que não são flexíveis acabam sendo excluídas do seu meio social.

 - Quando lhe fizerem uma pergunta e não puder lembrar-se da resposta imediatamente, não se sinta constrangido, use recursos para ganhar tempo extra para responder: sorria, ajeite os óculos, repita a pergunta, respire fundo, limpe a garganta, etc.

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