sábado, 11 de julho de 2009

A importância da Brincadeira Infantil


As crianças sentem uma necessidade fundamental de brincar.

Brincar é a sua aprendizagem do mundo e constitui a base do seu desenvolvimento.


Brincar é um dos pilares da educação. É através das brincadeiras que as crianças se desenvolvem, crescem, socializam, aprendem, partilham e constroem a sua personalidade.

Brincar em grupo permite que a criança aprenda a esperar pela sua vez e interagir de forma organizada, respeitando normas.
   Através da brincadeira, as crianças aprendem a funcionar como indivíduos e descobrem o prazer de fazer as coisas com perfeição. Descobrem o que está no mundo que as cercam e imitam comportamentos observados em seu redor. Estes comportamentos influenciarão a sua aprendizagem e o seu próprio comportamento, que dependerão da maneira como compreendem a realidade.
   Os jogos didáticos, como sopas de letras, quebra cabeças, puzzles e CD’s interativos, ajudam a criança a desenvolver a memória e a aprender a concentrar-se. As canções, os desenhos e filmes infantis, permitem um enriquecimento do vocabulário e desenvolvimento das competências auditivas.

Muito além de simples diversão, os brinquedos e as brincadeiras servem como ensaio de uma vida adulta. Sabendo disso, muitos adultos (geralmente pai e mãe) tentam direcionar as preferências dos filhos, rotulando as brincadeiras de meninas e as brincadeiras de menino, como se não pudesse um menino brincar de bonecas ou uma menina brincar de carrinhos. Mas será que no futuro só as meninas terão filhos e só os meninos dirigirão carros?

A brincadeira escolhida pouco ou nada tem a ver com a futura condição sexual deste sujeito, mas os comentários que se seguirem a esta brincadeira podem ter sérias consequências. Quando os pais rotulam, por exemplo, que pular elástico é brincadeira de menina, estão sentenciando que quem gosta de pular elástico é menina. Bom, o que será que vai pensar o menino que ouve repetidamente esta afirmação e que adora pular elástico com as amiguinhas? Aprender a cuidar de um bebê (brincando com a boneca), aprender a cooperar com os trabalhos domésticos (brincando de casinha) não afeta a futura masculinidade dos meninos. Do mesmo modo, brincar de carrinho, jogar futebol ou empinar pipa não afeta a futura feminilidade das meninas. É o pré-conceito dos adultos que pode marcar por muito tempo a vida de crianças, gerando dúvidas e confusões totalmente desnecessárias.

É importante que todos saibam, adultos e crianças que a brincadeira é uma forma de divertimento típico da infância, isto é, uma atividade natural da criança, que não implica em compromisso, planejamento ou seriedade e que envolve comportamentos espontâneos e geradores de prazer.

O importante é o adulto saber que a brincadeira é transmitida à criança através de seus próprios familiares, de forma expressiva, de uma geração à outra, ou pode ser aprendida pela criança de forma espontânea.

Nos dias atuais, com as moradias cada vez mais apertadas e os adultos envolvidos em seus afazeres, as crianças de classe média não têm um lugar para brincar e não devem atrapalhar o andamento do lar com seus brinquedos.

Não dá para isolar o comportamento lúdico da criança. Ela brinca quando é para brincar e quando os adultos entendem que ela não deveria brincar, acabam por prejudicar um momento prazeroso e criativo dessa crainça.

A ludicidade está sendo estudada como um processo de suma importância no desenvolvimento humano.

A motivação característica dos exercícios é o simples prazer funcional. E suas finalidades, para a criança, são, entre outras:

·      Servir como reforço às habilidades já adquiridas;

·      Imitar aquilo que o outro realiza;

·      Testar suas habilidades ou adquirir novas;

·      Atrair os outros para a atividade que realiza.

 

As atividades da criança estão diretamente relacionadas com a afirmação do seu “eu” e, sendo assim, essa atividade é muito importante em seu processo de desenvolvimento e aprendizagem.

Quanto ao conteúdo, podemos dizer que ele traduz os padrões dominantes no meio ao qual estamos inseridos, embora a essa altura do processo de telecomunicações, haja influências de outras culturas chegando com facilidade e rapidez até nós.

Entretanto, o conteúdo do jogo diz muito da motivação intrínseca da criança, seja para resolver conflitos, como pensam muitos psicanalistas, seja para construir um conhecimento que é absorvido pela ação de representar.

Brincar desenvolve as habilidades da criança de forma natural, pois brincando aprende a socializar-se com outras crianças, desenvolve a motricidade, a mente, a criatividade, sem cobrança ou medo, mas sim com prazer.

Como podemos ajudar a criança brincar ?

À medida que a criança cresce ela vai aprendendo várias brincadeiras, começa a gostar de brincar com outras crianças, e não perde a necessidade e nem o interesse como fazia nos estágios anteriores.

A melhor maneira de a criança aprender a brincar é respeitarmos seu próprio ritmo, ajudá-la e encorajá-la, se necessário. Se a criança possui oportunidade de brincar com outras crianças da mesma idade, a maioria delas aprende; antes do cinco anos, saberá dividir, compartilhar e conviver bem em grupos. Devemos proporcionar à criança muitas oportunidades de atravessar os diversos estágios de aprendizado. Além disso, é importante se ter idéia do que fazer durante as atividades das crianças, para tornar as coisas mais fáceis para todas elas.

Os adultos podem, dessa maneira, cumprir várias funções:

•Dar apoio;

•Escolher o momento certo para ajudar a criança a se retirar da brincadeira, quando sentir que ela está insegura.

•Assegurar sempre que a criança esteja pronta para novas experiências, deixando que ela se manifeste.

•Dar idéias: sugerir novas atividades, e estar sempre preparado a ter idéias rejeitadas, quando as crianças ficarem determinadas e seguirem outro rumo.

•Estimular conversas: às vezes a conversa decorre naturalmente da brincadeira, desviando a atenção da criança do aqui e agora.

•Atuar como juiz: avaliar situações intervir, para resolver atritos ou evitá-los, sem tomar partido e sim para evitar as agressões.

•Partiipar da brincadeira: aceitar qualquer papel que lhe seja atribuído.

•Ajudar uma criança em dificuldades quando alguma tarefa está além das suas capacidades.

Nunca devemos esquecer que brincar é altamente importante na vida da criança, primeiro por ser uma atividade na qual ela já se interessa naturalmente e, segundo, porque desenvolve suas percepções, sua inteligência, suas tendências à experimentação, seus instintos sociais. Brincar sempre será bom e fará bem ! Afinal, depois que nos tornamos adultos, nós voltamos a brincadeira com nossos filhos e depois nossos netos. A vida é uma grande diversão!! Divirtar-se e seja feliz!!! 

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