domingo, 5 de julho de 2009

Seja a måe que puder...sem culpas!!!




O tempo da Amélia definitivamente já se foi e a figura da executiva workaholic não atrai todas as mulheres e nem é um desejo “ saudável”, pelo contrario. O caminho trilhado hoje pelo sexo feminino está bem no meio desses dois mundos.


Vivemos na corda bamba!!


A mulher moderna tenta ser uma boa mãe, enquanto se desdobra para não deixar de cumprir seus diversos outros papéis na sociedade: amante, profissional, amiga, filha, irmã, esportista, líder comunitária e por aí vai.


O problema é que esse acúmulo de tarefas que a maioria das mulheres hoje faz questão de assumir tem provocado um sentimento frequente de insatisfação e culpa quando o assunto é a maternidade. Segundo especialistas, por mais que uma mulher se desdobre, ela tem sempre a sensação de não ser a supermãe que todos esperam. Mas, sera que temos que SER uma supermãe? Uma super mulher? Quem nos impõe esse lugar?? Nós !!! É isso mesmo, nós!!


Isso ocorre, porque, apesar de toda a revolução sexual e dos direitos femininos conquistados, a mulherada ainda carrega no inconsciente conceitos e tradições passadas de geração para geração. E essa herança interfere, sem que muitas percebam, na hora de educar e cuidar dos filhos.


Assim, mesmo as mamães mais moderninhas, em algum momento, precisarão lidar com a máxima "Ser mãe é padecer no paraíso". E aí, de duas, uma: ou ela recusa aceitar essa condição, mas vive com a sensação de ser a pior mãe do mundo. Ou faz sacrifícios em nome da família e vive insatisfeita por ficar sempre em segundo plano. Será que não é possível um meio termo? Um equilíbrio nessa relação?


A boa notícia é que algumas instituições, grupos de ajuda e até mesmo séries de TV já notaram os novos anseios femininos e têm ajudado as mães dessa geração a tentar aliviar o peso na consciência e fazer o máximo que podem, sem traumas.


A série Mothern, exibida no canal pago GNT, por exemplo, chamou a atenção das mulheres justamente por retratar a realidade da relação entre mães e filhos hoje em dia. Os dilemas enfrentados pelas mães do seriado mostraram que não existe a perfeição - só mesmo em comerciais de margarina.


Em São Paulo, o trabalho do Instituto Mãe Pessoa vai além. Por meio de workshops, psicólogas promovem discussões para que a mulher resgate sua identidade (afinal, ela não é só mãe. Também tem vontades, desejos, prioridades) e recupere a auto-estima.


O que esses trabalhos têm em comum é derrubar tabus e mitos que ainda envolvem a maternidade e encontrar um novo jeito de ser mãe que se adapte muito melhor ao novo estilo de vida da sociedade. Segundo as especialistas, as mulheres dessa geração serão responsáveis por criar um novo exemplo de mãe.


A seguir, a psicóloga Sheila Skitnevshy-Finger, sócia fundadora do Instituto Mãe Pessoa, e Magdalena Ramos, psicóloga, terapeuta de casais e família e co-autora do livro E Agora, o que Fazer? A Difícil Arte de Criar os Filhos, dão alguns conselhos essenciais para quem já é mãe ou pretende ser .


Faça o possível


Pode parecer óbvio - e realmente é. Mas muitas mães se esquecem que são humanas e acreditam que vão dar conta de mil coisas ao mesmo tempo. "A mulher precisa abandonar o imperativo de que tem que fazer tudo e de forma perfeita", afirma Sheila.


Priorize a qualidade


Não é porque nossas avós ficavam o dia todo em casa que necessariamente seus filhos eram os seres que mais recebiam atenção no mundo. "Não adianta estar ao lado e não olhar nos olhos, não se entregar", explica a fundadora do Instituto Mãe Pessoa. A psicóloga Magdalena Ramos indica uma saída prática para as mães que têm uma longa rotina de trabalho. "Ao chegar em casa, se dedique integralmente a seu filho até que ele pegue no sono. Só depois volte para suas atividades corriqueiras".


"Enxugue" suas atividades


"Ninguém dimensiona o que é ter um filho, pois não há algo comparável na vida de uma pessoa. Este é um grande projeto e que, portanto, requer tempo e dedicação." A partir dessa definição, Magdalena propõe que todas as atividades "secundárias" sejam eliminadas da rotina da mãe até a criança ter, pelo menos, três anos. "Não programe grandes viagens, deixe a pós-graduação para depois. Enxugue suas atividades para se dedicar a seu filho", aconselha.


Cuide de você


É fundamental ter um momento só para você. E, segundo Sheila, isso não é uma medida egocêntrica, mas sim educacional. "Se a mulher passar do seu limite e não estiver bem, ela não conseguirá cuidar do outro. Além do mais, ela se torna um bom modelo para os filhos ao mostrar a importância dos cuidados com o próprio corpo e espírito", esclarece.


Diminua o ritmo de trabalho


Se todas as mães pudessem se dar ao luxo de uma "parada técnica" no meio da carreira para se entregar às exigências da maternidade, seria ótimo. No entanto, isso não é realidade para a maioria e nem indicado pelas especialistas. "Deixar totalmente a profissão de lado é ruim, pois um dia a criança cresce e a mulher não consegue mais recuperar os anos perdidos fora do mercado de trabalho", alerta Magdalena.


E a terapeuta é muita clara ao dizer que para quem trabalha num lugar que "tira o sangue dos funcionários", não cabe um filho na rotina. "É preciso o mínimo de planejamento para que depois a mãe não se descabele", define bem-humorada. A saída, portanto, é verificar com sua empresa se é possível trabalhar algumas horas de casa ou como autônoma.


Dublê de mãe


Como já estamos cansadas de saber, os cuidados do bebê nem sempre são exclusivos da mãe. Seja uma babá, a avó, berçário ou o que seja, é preciso de uma forcinha para olhar do pequeno. E, para Magdalena Ramos é primordial escolher alguém de confiança e essa decisão deve ser tomada exclusivamente pela mãe. "A mulher precisa ficar o mais confortável possível nos momentos que estiver longe do seu filho e isso só acontece se ela tiver certeza de que ele está sendo bem cuidado", explica. E, ainda de acordo com a terapeuta, não adianta recorrer a uma saída mais conveniente - por exemplo deixar a criança com algum parente - se a mãe não tiver uma boa relação com essa pessoa.


Sheila destaca que a mulher precisa estar consciente de que se ela trabalha fora de casa, não acompanhará de perto o crescimento do seu filho e que ele irá desenvolver um vínculo amoroso com outra pessoa. Por isso, se faz necessário uma escolha pra lá de caprichada.


Estimule a participação do pai


Tudo bem que alguns camaradas realmente não contribuem. Mas as coisas já estão um pouco melhores na nossa geração e os pais fazem questão de participar. No entanto, algumas mães - superprotetoras - acreditam que só elas são capazes de cuidar do bebê. "Você troca a frauda do jeito errado", "Não brinque com ele desse jeito, senão pode machucá-lo". Frases desses tipos podem, segundo Sheila, roubar do homem a possibilidade de ser pai.


E caso o pai não esteja presente durante a criação do pequeno - o que é algo recorrendo hoje em dia -, a mulher precisa ampliar sua rede de relacionamento para que outras pessoas sirvam de exemplo para a criança. De acordo com a fundadora do Mãe Pessoa, essa postura também é importante para que a mulher não fique apenas numa relação fechada e exclusiva entre mãe e filho.


Serviço:


Magdalena Ramos - psicóloga terapeuta de casais e família, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e co-autora do livro E Agora, o que Fazer? A Difícil Arte de Criar os Filhos


Sheila Skitnevshy-Finger - psicóloga e sócia fundadora do Instituto Mãe Pessoa


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Eu vivi esses dois momentos, um de trabalhar feito louca, num lugar muito estressante e não ver o meu filho sentar, engatinhar, caminhar e falar as primeiras palavras, pois ficava numa creche 9 horas por dia. Mas os finais de semana eram só dele, exclusividade total!!!


Já com meu Segundo filho, eu vivi o primeiro ano só pra ele. Vi ele fazer tudo que o primeiro eu não pude acompanhar. Fiz com o meu segundo filho passeios, brincadeiras e pude desfrutar momentos maravilhosos. Hoje, ele estuda e eu refiz minha vida. Dedico-me a outra profissão, estudos e me cuido e cuido da minha família. Abri mão de algo? Sim!! Da loucura de trabalhar 12 horas num lugar extremamente difícil e que a palavra "mãe", não...cabia. Valeu a pena? Claro!! Não me arrependo de nada e faria tudo novamente!!! A vida é feita de escolhas e ao escolher ser mãe, essa escolha passou a ser prioridade em minha vida. De forma equilibrada e saudável, hoje, eu consigo ser mãe, esposa, filha, irmã, amiga, estudante, dona de casa…sem neuras de tentar ser super mulher!!!

2 comentários:

  1. Não sei se é certo ou errado, ou eu sou uma pessoa privilegiada, mas não me lembro de ter tido algum sentimento de culpa no meu papel de mãe. Mesmo trabalhando a partir do 6º mês de vida da Maria Clara, qdo estou com ela procuro estar 100% (nem sempre é possível). É bem verdade que tive sorte tb, pois pude contar com a ajuda da minha mãe e meu trabalho não era nenhuma escravidão, tinha um horário fixo, com pratica/ nenhuma viagem.

    Pode ser pretensão minha, mas me considero uma excelente mãe, pelo menos até hj. Como sei disso?? Qdo minha filha me abraça e diz q me ama, qdo ela pede pra eu brincar com ela e nos divertimos muito, qdo ela pede pra eu não demorar muito no trabalho mas entende q tenho q ir, qdo eu vejo nos olhos dela q sou um “porto seguro” pra ela, pelos cuidados que tenho com a saúde dela e por outros diversos motivos q poderia ficar listando aqui.

    Pode ser que um dia eu não seja “reconhecida” por ela pelo o meu papel de mãe, mas acho que no meu intimo terei sempre a sensação de ter feito o MEU melhor.

    Sou muito pretensiosa???...rs...

    Bjos!!!

    Pri

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  2. Não, amiga!! Você é uma excelente mãe!! Até conseguiu me surpreender...rsrsrsrs! Sem brincadeiras, já faz muito tempo que quero lhe dizer isso: Você é ótima mãe e é claro que não será perfeita, pois ninguém consegue!! Somos humanas!! Mas nesses " erros" que algumas vezes cometemos e continuaremos a cometê-los...o mais importante, é tentarmos sempre acertar, fazer melhor, fazer diferente...Você é maravilhosa, tá?! Beijos mamãe maravilhosa da minha nora!! rsrsrsrs.

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